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Do ponto de vista empresarial, a Inteligência de Negócio ou BI (Business Intelligence) é a capacidade de extrair informação a partir dos dados para acrescentar valor à tomada de decisões dentro das organizações. De uma perspetiva mais ampla, a BI é um conceito que combina as estratégias e as ferramentas tecnológicas que nos ajudam a desenvolver o processo de extração de valor.

No mundo digital de hoje, as possibilidades de recolher dados são infinitas, incluindo fontes tradicionais, sistemas informáticos próprios de cada empresa, dados provenientes de sensores em dispositivos IoT e até as redes sociais, para referir apenas alguns. É esta diversidade que nos obriga a pensar em estratégias que considerem a utilização de ferramentas tecnológicas capazes de se adaptar a esta diversidade.

Uma estratégia de inteligência de negócio deve necessariamente basear-se na disponibilidade de dados. A integração de dados é entendida como um processo que permite extrair dados de vários sistemas de origem, processá-los e combiná-los para entregar informação que pode ser usada através de ferramentas de inteligência de negócio.

A integração de dados tradicional inclui as fases de extração, transformação e carregamento de dados (ETL em inglês), embora a evolução tecnológica para além da vasta gama de dados atualmente disponíveis tenha dado lugar a ferramentas chamadas de estrutura de dados (data fabric) ou fábrica de dados (data factory) que já não realizam somente as tarefas acima referidas, mas vão um passo mais além e fornecem capacidades de governação, qualidade e enriquecimento de dados, contendo mesmo ferramentas de analíticas avançadas.

Juntamente com o aparecimento da inteligência de negócio surgem conceitos como data warehouse (armazém de dados) e data marts (dados setoriais). Ambos os conceitos se referem a armazéns de dados onde a informação já integrada é armazenada para posterior utilização por ferramentas de inteligência de negócio.

Embora as ferramentas de armazém de dados tenham evoluído e tenham-se adaptado gradualmente à realidade atual, onde as fontes de dados tendem a ser infinitas e heterogéneas, surgiram novas soluções que lidam naturalmente com esta diversidade. É aqui que aparece o conceito de virtualização de dados.

Essencialmente, a virtualização de dados corresponde à implementação de uma camada lógica, que permite o acesso às diferentes fontes de dados sem a necessidade de replicar estes dados num armazém físico como a data warehouse faz. Que vantagens tem isto? Permite flexibilidade na implementação de soluções e facilita o acesso a informações em tempo real ou em tempo quase real.

Embora a integração e disponibilidade de dados seja uma parte importante da estratégia de inteligência de negócio, isso não servirá de nada se não formos capazes de mostrar os resultados aos utilizadores finais.

A visualização numa ferramenta de inteligência de negócio geralmente resulta em painéis de controlo e relatórios. O conhecimento do negócio e dos dados disponíveis é fundamental aqui, pois permitirá estabelecer métricas ou KPI que valorizem as áreas estratégicas.

Existem soluções diversificadas, desde as soluções tradicionais de escritório até às soluções tipo nuvem que fornecem funcionalidades de colaboração online e disponibilizam as tarefas de BI em autosserviço, proporcionando assim ao analista de negócios liberdade no que diz respeito a conhecimentos técnicos avançados.