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18 anos após a criação da BABEL, as qualidades que nos fizeram crescer, para um grupo de 1500 pessoas, são as que nos permitiram sobreviver a esta crise.

Há pouco mais de um ano era difícil imaginar que passaríamos todos a trabalhar a partir de casa. No entanto, aqui estamos, aceitando esta situação como o "novo normal". Desde o início da pandemia mais de 80% das empresas aceleraram a sua digitalização, a BABEL incluída. A pandemia causou perturbações significativas, afetou drasticamente as nossas vidas e moldará o futuro do nosso trabalho a longo prazo.

Um ano depois de tomarmos a decisão de mandar todos para casa, antes mesmo de as autoridades portuguesas o terem feito, não posso deixar de refletir sobre as qualidades e características que nos permitiram navegar com sucesso nestes tempos incertos.


Proximidade

O trabalho remoto tornou-se uma realidade de um dia para outro. A partir daquele dia em Março de 2020 deixámos de poder reunir a equipa numa sala e planear a melhor estratégia para lidar com as dificuldades que foram surgindo. Deixámos de ouvir conversas no corredor, através das quais nos chegavam tantas vezes ideias dos nossos colaboradores e sugestões de melhoria. Deixámos de poder tomar um café com clientes, ouvir as suas preocupações e pensar como os apoiar. Mas rapidamente reinventámos novas formas de nos mantermos ligados. Chamadas de vídeo, Coffee Breaks virtuais, Reuniões Gerais em streaming, são alguns dos exemplos que passaram a ser o novo normal. Investir tempo para nos mantermos conectados digitalmente será a única forma de construir e manter relacionamentos neste novo paradigma. 


Responsabilidade

Com o distanciamento social tivemos de garantir que as equipas continuam a entregar resultados com alto desempenho. O modelo de funcionamento da BABEL promove que todos atuem com a máxima responsabilidade na tomada de decisões e no cumprimento dos seus compromissos. Esta é por defeito a nossa forma de trabalhar que visa baixar o nível a que são tomadas decisões, promovendo uma estrutura hierárquica ligeira. E de um modo geral, os nossos colaboradores demonstraram que a produtividade não baixa por estarmos a trabalhar remotos. Quando damos maior liberdade exigimos maior responsabilidade. E os melhores sobressaem naturalmente.


Agilidade

No início do confinamento constituímos uma task-force internacional para monitorizar diariamente a situação - medidas governamentais anunciadas em cada país, medidas tomadas por cada cliente, segurança de cada uma das nossas equipas - pois a situação mudava de hora a hora. Embora estivéssemos habituados a tomar decisões com pouca informação, durante esta pandemia tivemos de ser ainda mais corajosos e agir rapidamente no meio do caos. A pandemia demonstrou a necessidade de sermos capazes de resistir a interrupções significativas e imprevistas. A nossa forma ágil de trabalhar e tomar decisões tem sido essencial para reagirmos continuamente a este desafio.


Adaptabilidade

Antes da pandemia, se me dissessem que teríamos de confinar todos os colaboradores da empresa devido ao risco de uma doença infecciosa e que trabalharíamos 1 ano assim... eu teria muitas dúvidas se iríamos conseguir sobreviver enquanto empresa. Mas conseguimos! Tivemos alguns clientes que decidiram suspender projetos, outros que decidiram cancelar projetos, mas três meses após o início do confinamento tínhamos toda a gente a trabalhar e seis meses depois estávamos novamente a crescer. Em tempos de crise vimos como o mundo inteiro foi capaz de colaborar, o que nos deu uma lição sobre a adaptabilidade do ser humano e nos abriu uma infinidade de oportunidades. Esta pandemia levou-nos a questionar os nossos pressupostos, reavaliar os nossos limites e construir um novo futuro.


Propósito

Como líderes durante esta pandemia, pedimos às nossas equipes que fizessem coisas incrivelmente difíceis num momento incrivelmente difícil. E tal não teria sido possível se eles não tivessem um propósito, se não compreendessem como o seu trabalho impacta a missão da empresa e como a empresa serve as necessidades da nossa sociedade. Os nossos clientes são organismos públicos que tiveram de assegurar a continuidade do serviço nacional de saúde e retalhistas que tiveram de garantir o abastecimento de alimentos e bens de primeira necessidade aos portugueses. Não tenho dúvidas de que o sentido de missão foi e será o que nos faz superar.

A questão fundamental agora - à medida que emergirmos desta crise - é como trabalharemos no futuro.

Algumas organizações já anunciaram que passarão a trabalhar 100% remoto, outras adotarão modelos híbridos com dias presenciais e dias remotos, outras retornarão ao modelo 100% presencial. O modelo certo será o que funciona para cada organização e as empresas que acertarem no modelo vão emergir com um avanço na guerra pelos talentos, com políticas preferidas pelos colaboradores e locais de trabalho organizados para a colaboração e produtividade.
Ana Leonor  Castro
Ana Leonor Castro

Diretora da BABEL Portugal e Marrocos.

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