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Estamos cada vez mais conscientes que o Big Data é apenas outra maneira de fazer "o que já se fazia", com os sistemas de Business Intelligence (BI). Então, como saber se vamos obter um benefício real, ao evoluir um processo de BI para Big Data?

Tendo como referência a regra clássica dos três 'Vs' (volume, velocidade e variedade), que suporta as motivações da tecnologia Big Data, percebemos que, na maioria dos casos de uso, o volume e a velocidade não variam com Big Data em relação aos processos que já utilizam BI.

A deteção de fraude ou segmentação para marketing são casos clássicos de aplicação de Big Data em seguros. Porém, se vamos atualizar estes processos partindo dos dados que já temos, Big Data não trará novos resultados relevantes. Também não é crítico em qualquer dos casos passar a realizar uma análise em tempo real, em vez de um processo que corre durante a noite.
Só vale a pena evoluir para Big Data se formos mais longe, tipicamente integrando novas fontes de dados.

Exemplo 1: Comportamento do condutor

Se adicionarmos à avaliação do risco de um condutor, além do seu histórico de acidentes e o seu perfil estatístico (idade, experiência, potência do veículo), o seu comportamento individual (através de um dispositivo instalado no veículo, que nos permite conhecer os quilómetros reais percorridos e os hábitos de condução, como nos seguros ‘Pay as you Drive'), estamos a adicionar ao processo uma nova fonte de dados.
Passamos de uma avaliação do risco com base em dezenas de parâmetros obtidos no formulário de simulação, para uma avaliação do risco com base em milhões de dados adicionais obtidos quase em tempo real durante a vigência do contrato. Precisamos de Big Data.

Exemplo 2: Definição de preço e retenção
 
Nos sistemas atuais de definição de preço e retenção de carteira coloca-se um grande ênfase na probabilidade de renovação de cada cliente. A avaliação limita-se a dezenas de parâmetros (sinistralidade do cliente, preço atual, etc.). Até há pouco não havia capacidade de incorporar a variável “o que oferece o mercado” no momento de propor uma renovação. Algo que o cliente pode obter de forma tão simples como entrar num site comparador ou pegar no telefone.
 
Com Big Data podemos analisar a concorrência "cliente a cliente" e responder aos seus movimentos de preço quase em tempo real. Mas para isso, precisamos de incorporar nos nossos processos novas fontes de dados, de grande volume, e cujo formato não dominamos porque vêm de sistemas externos. Neste caso, o tradicional sistema de Business Intelligence não pode ajudar, é um caso ideal para evoluir para Big Data.

O efeito borboleta no seguro "Pay as You Drive"
 
Não sabemos ainda qual será a alavanca para o crescimento exponencial dos seguros 'Pay As You Drive' em Portugal, mas há tantos catalisadores que é difícil pensar que não acontecerá no futuro próximo. Em Itália, por exemplo, foi um pequeno incentivo regulatório que dinamizou o mercado e, em poucos anos, já circulam mais de 3 milhões de veículos com sistemas 'Pay As You Drive'.
 
Nos Estados Unidos, o número de novas linhas móveis para veículos ultrapassou pela primeira vez as novas linhas para smartphones no primeiro trimestre de 2016. Na Europa, o impulso regulador que obrigará brevemente todos os veículos a terem chamadas de emergência autónomas também acelerará significativamente a penetração do carro conectado.
 
Mas a verdadeira explosão do seguro "Pay As You Drive" acontecerá quando os departamentos comerciais das seguradoras descobrirem o que os seus departamentos de atuariado já sabem: que conhecer exatamente como conduzem seus segurados, pode significar melhorias até 20% na margem da seguradora.
 
Há 15 anos vivemos uma revolução nos seguros: o mercado quis diferenciar os condutores "bons" dos "maus" com base no seu historial de sinistros. E esse paradigma ainda é válido. Mas a nova revolução iminente, é que podemos não apenas basear-nos em sinistros para classificar um condutor, mas temos de analisar o seu estilo de condução diário, quase em tempo real. Será provavelmente a penúltima grande mudança no seguro automóvel, condenado a reinventar-se novamente com a chegada da condução autónoma.

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