13 novembro 2023
BABEL - Empresa, Pessoas
Polónia, Balcãs, Espanha, Itália, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro.... E, claro, Lisboa. Com mais de 70.000 quilómetros às costas e tendo viajado todos estes destinos na sua moto, uma Honda CRF1000L Africa Twin, apresentamos-te o nosso TalentUs português: Sérgio Aguiar, Sénior Developer na BABEL.
Amante de motos desde muito jovem, partilha a maioria das suas viagens através do seu perfil Instagram @twina.dventures, e assim, consegue mostrar ao mundo lugares invulgares de se visitar. Um dos seus desejos é ter mais tempo para poder viajar e visitar todos os destinos que gostaria.
Sem mais demora, começamos a viagem com o nosso TalentUs de hoje. Temos a certeza que vais descobrir grandes coisas!
Pergunta. Como surgiu a ideia de viajar de mota?
Resposta. Desde muito jovem que sou um apaixonado por veículos de duas rodas. Primeiro comecei com bicicletas e aos 16 anos com motos.
Os meus colegas de trabalho também tinham uma grande paixão por motos e juntamente com eles decidi fazer a minha primeira viagem ao longo da Costa Vicentina, que durou 3 dias. A experiência foi tão boa que mesmo durante a viagem pensei que "esta será a primeira de muitas".
Depois desta viagem, decidi mudar para uma moto superior com a qual podia fazer centenas de quilómetros com algum conforto, e essa foi a razão pela qual comprei a minha atual moto de 1000cc, uma Honda Africa Twin.
Tenho cada vez mais vontade de ver e visitar lugares com a moto e menos vontade de apanhar um avião. Esta ideia surgiu do nada, justamente quando me apercebi que nenhum outro meio de transporte me daria o prazer e a liberdade que sinto numa moto, além de poder sentir todos os elementos do ambiente que tornam a viagem não só melhor, mas também mais desafiante.
Coliseu romano, Croácia.
P. Viajas sozinho ou acompanhado?
R. Comecei a viajar com um grupo de 5 pessoas, e à medida que o tempo foi passando, fui reduzindo-o cada vez mais. Para viagens de fim de semana ou viagens de alguns dias costumo viajar com amigos, mas para viagens de 2-3 semanas prefiro viajar sozinho. Quanto mais pessoas envolvidas na viagem, maior a probabilidade de ocorrência de acontecimentos imprevistos, mais atrasos há, mais confusão há, e sobretudo porque se eu quiser mudar o curso do plano inicial não preciso de perguntar se todos estão de acordo.
P. De todos os lugares que já percorreste até agora, qual escolherias como o teu favorito?
R. Lagos de Plitvice, na Croácia. É sem dúvida o lugar que mais me impressionou pela sua beleza natural e pelas suas paisagens absolutamente brutais. No entanto, o meu país favorito de todos os países onde estive é Montenegro. As pessoas são muito amáveis e simpáticas e as paisagens são de cortar a respiração.
Fonte Mágica de Montjuic, Barcelona.
P. Qual foi o teu momento mais feliz com a moto?
R. Lembro um momento muito feliz que foi a chegada a casa depois de ter estado fora durante 18 dias durante a minha viagem aos Balcãs. Senti-me feliz porque tudo correu bem, tive a sensação de ter realizado o meu desejo porque esta foi a minha primeira grande viagem ao estrangeiro. Apesar do cansaço acumulado pelos dias de viagem, o meu pensamento era "Quero voltar para continuar".
P. Qual é a única coisa que nunca pode faltar na tua mochila?
R. Sem dúvida, água. Durante as viagens de mota e o facto de estar em contacto constante com os elementos do ambiente é muito fácil desidratar, especialmente nos meses mais quentes. Quando viajo é normal consumir entre 2 a 3 litros de água por dia, de facto, é algo que nunca pode faltar na minha mochila, seja no Inverno ou no Verão.
Pista country de aventura. ACT Portugal
P. Momento mais divertido...
R. Quando viajei para Espanha notei que havia muitas bombas de gasolina, por isso, gastava sempre até colocar a moto em reserva. Ao fazer isto, poupei tempo porque acabei por parar menos vezes e também acabei por poupar no consumo, uma vez que esta estava a ficar mais leve durante mais tempo.
Fi-lo durante dias e tudo correu muito bem, até que algures entre Saragoça e Barcelona me encontrei no meio de um deserto onde as poucas bombas de gasolina que lá existiam estavam todas abandonadas. Continuei e cada vez mais o depósito de combustível estava vazio e mais vazio. Comecei a pensar no pior (que ficaria sem combustível e no meio de um deserto) quando após alguns "soluços" da moto por falta de gasolina, vi o oásis ao fundo. Pouco antes de chegar ao posto de gasolina, cerca de 100-200 metros, acabei por ficar sem gasolina e tive de empurrar 300kg para lá chegar (entre o peso da moto e toda a bagagem).
Foi um momento onde não sabia se havia de rir ou chorar, mas no final tudo correu bem! Ainda que tenha gasto umas valentes calorias, deu para aprender a lição e rir um pouco. Desde então assim que a autonomia passava para menos de 100km, passei a atestar a mota no próximo posto que encontrasse.
P. Próximo destino?
R. Tenho muitos destinos de sonho pendentes, entre eles a Islândia, Noruega, Rússia, Índia, África do Sul, América do Sul (em geral), mas ainda não sei qual será o próximo. Mesmo assim, apesar de não ser em breve, o meu maior sonho é dar a volta ao mundo de moto.
Amante de motos desde muito jovem, partilha a maioria das suas viagens através do seu perfil Instagram @twina.dventures, e assim, consegue mostrar ao mundo lugares invulgares de se visitar. Um dos seus desejos é ter mais tempo para poder viajar e visitar todos os destinos que gostaria.
Sem mais demora, começamos a viagem com o nosso TalentUs de hoje. Temos a certeza que vais descobrir grandes coisas!
Pergunta. Como surgiu a ideia de viajar de mota?
Resposta. Desde muito jovem que sou um apaixonado por veículos de duas rodas. Primeiro comecei com bicicletas e aos 16 anos com motos.
Os meus colegas de trabalho também tinham uma grande paixão por motos e juntamente com eles decidi fazer a minha primeira viagem ao longo da Costa Vicentina, que durou 3 dias. A experiência foi tão boa que mesmo durante a viagem pensei que "esta será a primeira de muitas".
Depois desta viagem, decidi mudar para uma moto superior com a qual podia fazer centenas de quilómetros com algum conforto, e essa foi a razão pela qual comprei a minha atual moto de 1000cc, uma Honda Africa Twin.
Tenho cada vez mais vontade de ver e visitar lugares com a moto e menos vontade de apanhar um avião. Esta ideia surgiu do nada, justamente quando me apercebi que nenhum outro meio de transporte me daria o prazer e a liberdade que sinto numa moto, além de poder sentir todos os elementos do ambiente que tornam a viagem não só melhor, mas também mais desafiante.
Coliseu romano, Croácia.
P. Viajas sozinho ou acompanhado?
R. Comecei a viajar com um grupo de 5 pessoas, e à medida que o tempo foi passando, fui reduzindo-o cada vez mais. Para viagens de fim de semana ou viagens de alguns dias costumo viajar com amigos, mas para viagens de 2-3 semanas prefiro viajar sozinho. Quanto mais pessoas envolvidas na viagem, maior a probabilidade de ocorrência de acontecimentos imprevistos, mais atrasos há, mais confusão há, e sobretudo porque se eu quiser mudar o curso do plano inicial não preciso de perguntar se todos estão de acordo.
P. De todos os lugares que já percorreste até agora, qual escolherias como o teu favorito?
R. Lagos de Plitvice, na Croácia. É sem dúvida o lugar que mais me impressionou pela sua beleza natural e pelas suas paisagens absolutamente brutais. No entanto, o meu país favorito de todos os países onde estive é Montenegro. As pessoas são muito amáveis e simpáticas e as paisagens são de cortar a respiração.
Fonte Mágica de Montjuic, Barcelona.
P. Qual foi o teu momento mais feliz com a moto?
R. Lembro um momento muito feliz que foi a chegada a casa depois de ter estado fora durante 18 dias durante a minha viagem aos Balcãs. Senti-me feliz porque tudo correu bem, tive a sensação de ter realizado o meu desejo porque esta foi a minha primeira grande viagem ao estrangeiro. Apesar do cansaço acumulado pelos dias de viagem, o meu pensamento era "Quero voltar para continuar".
P. Qual é a única coisa que nunca pode faltar na tua mochila?
R. Sem dúvida, água. Durante as viagens de mota e o facto de estar em contacto constante com os elementos do ambiente é muito fácil desidratar, especialmente nos meses mais quentes. Quando viajo é normal consumir entre 2 a 3 litros de água por dia, de facto, é algo que nunca pode faltar na minha mochila, seja no Inverno ou no Verão.
Pista country de aventura. ACT Portugal
P. Momento mais divertido...
R. Quando viajei para Espanha notei que havia muitas bombas de gasolina, por isso, gastava sempre até colocar a moto em reserva. Ao fazer isto, poupei tempo porque acabei por parar menos vezes e também acabei por poupar no consumo, uma vez que esta estava a ficar mais leve durante mais tempo.
Fi-lo durante dias e tudo correu muito bem, até que algures entre Saragoça e Barcelona me encontrei no meio de um deserto onde as poucas bombas de gasolina que lá existiam estavam todas abandonadas. Continuei e cada vez mais o depósito de combustível estava vazio e mais vazio. Comecei a pensar no pior (que ficaria sem combustível e no meio de um deserto) quando após alguns "soluços" da moto por falta de gasolina, vi o oásis ao fundo. Pouco antes de chegar ao posto de gasolina, cerca de 100-200 metros, acabei por ficar sem gasolina e tive de empurrar 300kg para lá chegar (entre o peso da moto e toda a bagagem).
Foi um momento onde não sabia se havia de rir ou chorar, mas no final tudo correu bem! Ainda que tenha gasto umas valentes calorias, deu para aprender a lição e rir um pouco. Desde então assim que a autonomia passava para menos de 100km, passei a atestar a mota no próximo posto que encontrasse.
P. Próximo destino?
R. Tenho muitos destinos de sonho pendentes, entre eles a Islândia, Noruega, Rússia, Índia, África do Sul, América do Sul (em geral), mas ainda não sei qual será o próximo. Mesmo assim, apesar de não ser em breve, o meu maior sonho é dar a volta ao mundo de moto.
María López
Periodista en el departamento de Marketing y Comunicación de Babel.
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